Com o título “Incerteza viva”, a Bienal de São Paulo, em sua 32° edição, nos faz refletir sobre as atuais condições de vida e as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para acolher ou habitar incertezas. Um público esperado de quase 500.000 pessoas, a exposição acontece de 10 de setembro a 12 de dezembro de 2016 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, reunindo aproximadamente 90 artistas e coletivos.
Um dos mais importantes eventos de arte contemporânea do mundo, a Bienal paulistana teve sua primeira edição em 1951. Sua importância reflete-se no portfólio de peso, com 81 artistas e coletivos mais de 33 países. O responsável pela função de escolher as obras foi o alemão Jochen Volz, o qual já participou como curador convidado da 27ª Bienal.
Jochen Volz, diz que para a nova mostra no Ibirapuera, escolheu o tema “Incerteza Viva”, com o objetivo de “…discutir a sensação de insegurança que todos compartilhamos em meio a problemas atuais como guerras, desafios causados pelo fluxo de imigração e crises políticas e econômicas”.
Dos 330 trabalhos expostos, 70% foram criados especialmente para esta edição. Presente também nas últimas edições, instalações interativas ganham força neste ano e oferecem ao visitante uma série de experiências sensoriais inusitadas e gratuitas. Como: uma pista de skate fosforescente, um piso aparentemente firme que esconde uma cama elástica e a reprodução de uma oca indígena na qual é possível entrar.
Imagem I: Pista de skate fosforescente.
Imagem II: Reprodução de uma oca indígena.
Fora o universo de peças interativas, há outros trabalhos interessantes, como o bordado da jamaicana Ebony Patterson, que discute os altos índices de assassinato de jovens negros na Jamaica e no Brasil. (Imagem abaixo)