O químico Bruno Mena Cadorin desenvolveu uma eficiente tecnologia no tratamento de resíduos gerados pela indústria têxtil, baseada no plasma frio, que é particularmente eficiente.
O químico, de Santa Catarina, que dispõe de um forte polo têxtil, viu o impacto que a indústria tinha no rio que atravessa a cidade de Nova Trento, pois devido a liberação de afluentes sem tratamento no rio, eram constantes a morte de peixes e, às vezes, a mudança na cor da água, estando ora estava azul, amarela, ou vermelha.
Com isso na cabeça, começou a buscar formas de ajudar. E a tecnologia plasma frio, que começou a desenvolver ainda na faculdade, percebeu uma oportunidade de acabar com a poluição dos efluentes gerados, pela indústria têxtil.
Considerado o quarto estado da matéria, o plasma frio é um gás de alta energia e reatividade química. Para gerar esse plasma, são aplicadas descargas elétricas, como as que acontecem quando ocorrem tempestades. É um gás composto por íons, radicais livres, radiação ultravioleta, além de átomos estimulados.
Tecnologia, quando aplicada sobre um efluente líquido é capaz de quebrar as moléculas poluentes.
Desde 2014, a startup que criada por Bruno, a Wier, está incubada no Parque Tecnológico Alfa da Fundação Certi, em Florianópolis. Hoje a empresa conta com 15 profissionais e da primeira linha de máquinas, lançada há um ano usando a tecnologia plasma frio para desodorizar e higienizar ambientes, já foram vendidas cerca de 600 unidades para todo o país.
Esse plasma, quando aplicado sobre um efluente líquido (água gerada na indústria têxtil) é capaz de quebrar as moléculas poluentes. Destruindo bactérias, fungos e micro-organismos de um modo geral.
A tecnologia Plasma frio é um meio mais sustentável para fazer o tratamento real dos efluentes líquidos, atuando diretamente na causa da poluição, sem produtos químicos e sem gerar resíduos secundários, como o lodo.
Fonte: T Jornal