Pesquisadores da Nottingham Trent University desenvolveram um “balaclava inteligente”, que aquece o oxigênio antes de ser inalado e assim reduzir o risco de atletas contraírem infecções pulmonares ao realizarem exercícios no inverno.
Em parceria com o fabricante de máquinas de tricô alemão Stoll GmBH, a NTU (Nottingham Trent University) criou um protótipo para ajudar os corredores e esquiadores que ficam expostos a um maior risco de infecções quando se exercitam no frio.
A tecnologia é basicamente um conjunto de malha de fios condutores de eletricidade sobre o nariz e a boca que emitem calor quando carregado com uma corrente elétrica que é acionada. Os fios ficam conectados a uma tomada de malha na parte de trás do balaclava que contém um pólo positivo e negativo para conectar uma bateria de pilha recarregável. Eletricidade não pode ser sentida pelo usuário, por ser muito baixa, mas quando a bateria é inserida, a área ao redor do nariz e boca aquece.
O professor Tilak Dias, líder do Grupo de Pesquisa de Têxteis Avançados da Escola de Arte e Design da Universidade Nottingham Trent, disse que “Este balaclava é a ponta do iceberg do que pode ser alcançado através da pesquisa colaborativa em têxteis inteligentes.”
“Usando fios condutores elétricos que são tão pequenos que não podem ser sentidos pela pele humana, somos capazes de fornecer um nível consistente de calor a um pedaço de roupa para que um corredor só respire no ar quente.” (Tilak Dias)
A máscara é lavável e comporta-se como qualquer outro tecido. Possui as qualidades de uma malha 3D, fornecendo um ajuste mais confortável, além de listras reflexivas, visibilidade noturna.
Esta é apenas uma das várias roupas esportivas que a Stoll criou para ilustrar o potencial de suas máquinas 3D. Como parte da colaboração, Carlos Oliveira, da Universidade de Advanced Textiles Research Group, passou duas semanas com a Stoll, na Alemanha, trabalhando no projeto.
Joerg Hartmann, Chefe de Moda e Tecnologia da Stoll, disse: “O balaclava ganhou o Prêmio Outdoor Industry Gold 2016. Esta é a prova de que a comunicação entre disciplinas, indústria e pesquisa, melhora o grau de inovação”.
A balaclava faz parte de um conjunto esportivo de tecnologia vestível criado pela Stoll formado por legging, regata, moletom, luvas e sutiã esportivo ambos feitos em malha. A tecnologia de tricô 3D vai tornar possível fabricar roupas inteligentes e conectadas com sensores e painéis fotovoltaicos orgânicos inseridos diretamente em trama da roupa que podem monitorar a saúde do usuário, fazer o tecido mudar de cor, se aquecer ou esfriar, absorver energia cinética e solar para alimentar outros dispositivos eletrônicos e se conectar a “Internet das roupas”.
Fonte: NTU (Nottingham Trent University)